O futuro é algo que preocupa muitas pessoas e isso é natural, pois nunca se sabe qual será o cenário econômico do país daqui a alguns ou muitos anos ou as nossas condições físicas e psicológicas a certa altura da vida. Por isso, fala-se muito sobre investir em previdência privada.

O investimento em previdência privada é importante para se ter uma segurança em uma fase crucial da vida.

Uma das principais fontes de renda de brasileiros acima dos 60 anos é a aposentadoria do INSS, que hoje conta com um teto que é de pouco mais de 5 mil reais. Dessa maneira, as soluções alternativas, ganham força, como o investimento em previdência privada.

Atualmente, o mercado oferece dois planos nessa modalidade. Você saberá mais sobre esse assunto, as diferenças e como escolher a melhor opção para seu caso a partir de agora.

O que é a previdência privada?

Trata-se de uma modalidade de aposentadoria que está totalmente desvinculada do INSS. É oferecida por seguradoras e instituições bancárias e conta com uma infinidade de planos.

O investimento é excelente para quem deseja resultados a longo prazo.

Funciona como se fosse uma complementação da aposentadoria convencional e é um investimento muito adotado por pessoas que desejam ter uma renda a mais quando chegar ao fim da vida profissional.

O investimento em em previdência privada, inclusive, ganhou força nos últimos anos, principalmente em função do aumento da expectativa de vida. Muitos trabalhadores imaginam que não conseguirão ter uma vida confortável apenas com a renda oferecida pelo INSS, mesmo porque os gastos não diminuem nessa fase da vida, pelo contrário.

Durante a aposentadoria, além das contas domésticas, é necessário se preocupar com plano de saúde e remédios, entre outros gastos.

Diferentemente do plano de previdência do INSS, esse tipo de aposentadoria oferece dois produtos. Trata-se do PGBL e do VGBL. Conheça ambos e suas diferenças a seguir.

PGBL

Significa Plano Gerador de Benefício Livre e sua principal vantagem é a possibilidade de abater da base de cálculo do Imposto de Renda, em um limite de até 12% da renda bruta tributável.

Dessa forma, é uma opção bastante viável para quem faz a declaração em formulário completo todos os anos. Geralmente, o Imposto de Renda é feito dessa maneira por quem tem muitos itens a declarar, como educação e saúde, além de ter muitos dependentes.

Em números, o modelo completo é recomendado para pessoas que têm renda de cerca de 16 mil reais ou mais.

No entanto, pode-se pensar que há uma isenção do imposto, o que é um engano. A tributação pode ocorrer tanto se for feito o resgate quanto em caso de obtenção de rendimento mensal. Não é recomendado ultrapassar o limite de 12%.

VGBL

Ao contrário do PGBL, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é um modelo mais apropriado para contribuintes que fazem a declaração simplificada do Imposto de Renda. Geralmente, pessoas que não têm tantos itens a deduzir optam por esse tipo.

Outro fator de diferenciação entre as duas modalidades é que o VGBL não tem mais de uma incidência. Ela ocorre apenas no resgate do montante e é cobrada sobre a rentabilidade do patrimônio.

O VGBL permite que a tributação seja superior a 12% da renda, com o benefício proporcional. Na verdade, não há limites estabelecidos para tributação.

Além de escolher um dos dois tipos de investimentos em previdência privada, é possível extrair o melhor de cada um deles, como se fosse uma combinação.

Isso é realizado no momento da contribuição com o Imposto de Renda. Como o PGBL permite que seja abatido até 12% da renda, isso pode ser obedecido. Assim, pode-se ter uma boa restituição todos os anos. O restante pode ser feito no VGBL.

A vantagem disso é a chance de crescer o patrimônio todos os anos. E mesmo que você já tenha feito seu plano, a portabilidade pode ser concretizada sem maiores problemas.

Como escolher o melhor plano?

No tópico anterior, você viu duas possibilidades de investimentos em previdência privada, que se diferenciam principalmente sobre a tributação do Imposto de Renda. Entretanto, não é apenas esse aspecto que deve ser levado em conta na hora de decidir por um plano. Certamente, um deles está de acordo com o seu perfil.

Ainda no que diz respeito à incidência de taxas, é importante salientar que há duas maneiras para isso e que não são exatamente os tipos mencionados neste texto. Desde 2005, os planos podem ser tributados por tabela regressiva ou progressiva.

A primeira, como o próprio nome diz, tem uma cobrança de impostos que diminui conforme vai passando o tempo em que o dinheiro fica aplicado. A taxa, inclusive, pode chegar a 10% em 10 anos ou pouco mais do que isso.

A progressiva, por sua vez, funciona da mesma forma que a contribuição realizada por assalariados. O valor a ser resgatado determina a alíquota a ser adotada.

Pessoas que recebem todo mês um valor igual ou menor que R$ 2600,00, a taxa é de 7,5%. Já para rendimentos que ultrapassam esse número, a tributação varia entre 15 e 27,5%, dependendo do montante recebido. Nesse caso, o imposto cobrado é maior do que na modalidade regressiva.

Outra condição importante na hora de decidir a melhor forma de investir em previdência privada é o tempo que falta para que você se aposente. Independentemente da variedade, esse tipo de contribuição é para longo prazo.

Se você ainda está no início de sua vida profissional, pode optar por um plano que não tenha mensalidades tão altas, afinal nessa fase os salários são menores em função da falta de experiência.

Por outro lado, se o tempo já passou e você precisa deste investimento, deve escolher algo que valha a pena quando receber mensalmente ou fizer o resgate. O valor pode ser irrisório e pode não compensar no final das contas.

E não é só. As taxas de carregamento e administração, cobradas pelas corretoras e outras instituições intermediadoras, também devem ser estudadas ao se investir em previdência privada. É importante fazer uma pesquisa e comparar o custo-benefício de pelo menos duas instituições.

O preço é fundamental, mas a reputação da empresa deve ter a mesma relevância. O menor valor pode ser praticado por uma instituição que não seja sólida e com um nome a zelar no mercado. No momento de fazer o resgate ou receber os rendimentos, ela pode não existir mais.

A quantia paga todo mês para o investimento em previdência privada é aplicada em fundos que podem ser de renda fixa, variável ou um misto das duas. A renda fixa é menos propensa a riscos, logo é um tipo perfeito para quem não gosta de surpresas.

Para esse perfil de investidor, o melhor é escolher um PGBL, de uma empresa tradicional no mercado, baixa taxa de carregamento, cobrança de impostos regressiva e aplicação em ciclo de vida.

E as tributações?

Investir em previdência privada é algo bastante vantajoso no que se refere à tributação. É uma das menores do mercado em comparação com outras maneiras de poupar.

Existem duas formas de cobrança de impostos nesses planos: a progressiva e a decrescente. A diferença entre elas é que enquanto a primeira tem a sua tributação incidente no dinheiro, a segunda dá importância ao tempo.

Como já citado em tópico anterior, o PGBL e o VGBL têm as suas distinções quanto aos impostos. Veja agora no que eles se diferenciam.

VGBL

Você viu anteriormente que é possível ter uma tributação maior do que 12% nesse tipo de investimento em previdência privada. Veja agora um exemplo de como o imposto é cobrado nesta categoria.

Considere uma aplicação de 10 mil reais por ano, que corre por 10 anos, com renda de 10% por período. Se não houver nenhum resgate ao longo deste tempo, o montante acumulado será de R$ 169.375,00, com regime decrescente ou progressivo.

Deste valor, 100 mil corresponde ao patrimônio investido no plano de previdência privada e o restante é referente aos juros acmulados no período de 10 anos.

Este seria o valor bruto, sem descontar os impostos. A diferença ocorre quando eles começam a ser considerados. No progressivo, vale a alíquota de 27,5%, o que em números são R$ 16.328,00. O montante líquido, portanto, é de R$ 143.046,00.

No regime decrescente, porém, a taxa de imposto descontada é de 10% dos rendimentos, o que neste caso são R$ 5.938,00. O valor líquido salta para R$ 153.437,00, o que dá uma diferença de cerca de 10 mil reais.

Mas isso não quer dizer que a tributação progressiva não seja vantajosa em nenhum caso. Em aplicações de tempo mais curto – até quatro anos, para ser mais exato –, a decrescente não compensa, pois proporciona descontos de até 30% dos rendimentos.

Por outro lado, a progressiva mantém os 27,5%.

PGBL

As tributações costumam ter taxas semelhantes nesta variação de investimento em previdência privada. Ela se distingue por permitir um diferimento fiscal, ou seja, é possível postergar o pagamento da taxa.

Nesse tipo de aplicação, o investidor consegue o valor, mas, quando for resgatá-lo, o imposto incide sobre o capital integral.

Considerando a mesma aplicação mencionada no tópico dedicado ao VGBL: R$ 100 mil de valor inicial, 10 anos de aplicação e renda de 10% ao ano. O rendimento seria o mesmo e o montante bruto seria de R$ 159.375,00.

Porém, a tributação se diferencia. Na modalidade progressiva, as taxas saltam para mais de R$ 43 mil de impostos, sobrando cerca de 115 mil reais. Na decrescente, porém, a cobrança é bem menor: R$ 15.937 de tributos, com R$ 143.437,00 líquidos. Apenas esse aspecto tem uma diferença de quase 28 mil reais entre essas variações.

Quais são os benefícios?

Além de garantir uma renda, essa pode ser uma boa aplicação.

Investir em previdência privada traz várias vantagens. A começar pela possibilidade de contar com uma renda no futuro, que, dependendo da situação, pode até ser a principal. Também pode ser um complemento à aposentadoria do INSS e um dinheiro que terá bastante utilidade neste período.

Além disso, é uma alternativa de aplicação, como a poupança, que não precisa ser necessariamente resgatado aos poucos, em forma de salário. O valor, na maioria dos casos, costuma ser convidativo, pois trata-se de uma aplicação de longo prazo.

Para se ter uma ideia: uma pessoa por volta de 30 anos que aplica 350 reais mensalmente acumula quase R$ 500 mil quando chegar aos 60, quando é aplicada uma taxa de renda de 8% por ano.

O futuro gera muitas incertezas, principalmente em relação à velhice. A aposentadoria do INSS, como já mencionado, tem um teto de pouco mais de 5 mil reais, independentemente do salário que um contribuinte tenha durante a sua vida profissional.

Neste caso, o investimento em previdência privada ajuda a manter o padrão de vida estabelecido ao longo da vida.

Além do mais, é uma aplicação garantida, mesmo para leigos em investimentos. Evidentemente, é fundamental escolher uma instituição idônea e que saiba administrar os recursos.

Aplicar uma quantia certa todo mês ajuda também a ter uma disciplina em relação ao dinheiro, pois todo mês é necessário poupar uma determinada quantia. É uma alternativa excelente para quem não consegue controlar os seus gastos e poupar.

E não é só isso. Além da possibilidade de dedução no imposto de renda em alguns casos, ainda é uma proteção para a família em caso de falecimento do titular do investimento em previdência privada. Ele pode escolher quem são os beneficiários.

Você conferiu um guia completo sobre como investir em previdência privada. Com essas informações, você consegue escolher um plano que esteja de acordo com o seu perfil e justo para sua realidade.

Para saber mais sobre possibilidades para o seu futuro, leia os outros textos do blog. Não se esqueça de checar as atualizações constantes e comentar em caso de dúvidas.

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