Viver o hoje ou planejar o futuro? Sem dúvida esse é um dos principais dilemas que temos. Com o bombardeio diário que sofremos para consumir e aproveitar o hoje (e é isso mesmo que a maioria faz), o impulso ao consumo derrete a economia das famílias brasileiras.

Viver o hoje ou planejar o futuro

Não Quebre o Porquinho

Quem não quer ter um carro novo, uma casa melhor, viajar… Quantas coisas boas que o dinheiro pode comprar… Estamos inseridos nesse meio consumista e aprender a conviver melhor nesse ambiente não é tarefa fácil.

Aquela sensação de estar sempre na correria, de ter grande parte do orçamento comprometido e não conseguir fechar o mês, não ter tempo para acompanhar o crescimento dos filhos, são sintomas de que algo não vai lá muito bem.

Como consultor financeiro há mais de 15 anos, tenho a oportunidade de vivenciar na prática essa difícil equação.

O que chama a atenção, é que, na maioria dos casos, há um padrão que está ligado a coisas muito mais profundas como a educação financeira e o hábito de consumo que recebemos das nossas famílias, conceitos que vamos formatando durante muitos anos, e que vão se repetindo continuamente.

O desequilíbrio independe de renda, muitas vezes o “ganhar mais” até atrapalha: na medida que a renda vai aumentando os desejos também, consequentemente as dividas.

Já diz o conhecido ditado: a pressa é inimiga da perfeição, um pouco de paciência ajuda muito a não comprar por impulso. Um amigo, muito bem de vida por sinal, contou como funciona com ele: “quando me dá vontade de trocar de carro eu espero um pouco, penso melhor, e a vontade passa”.

Viver o hoje ou planejar o futuro, sempre esse dilema…

Por outro lado, poupar só por poupar, não é lá muito motivante, hoje há vários estudos sobre novas formas e caminhos sobre o tema poupança e aposentadoria, conceitos e estratégias bem mais interessantes que os tradicionais.

Um dos principais erros, é ter uma única fonte de renda: toda a receita vem do trabalho.

Viver o hoje ou planejar o futuro

Não compre o que não precisa!

Ter outra fonte de renda, através de um bom investimento, ou de algum negócio que não tenha necessidade de trabalho, por exemplo, é meio caminho andado para o equilíbrio financeiro (em um próximo post vou avançar neste assunto).

Como o nome do blog, a relação do dinheiro com a aposentadoria, ou do hoje com o futuro está em plena transformação. Aquele conceito clássico, de se aposentar aos 65 anos, ir pra casa e “aproveitar a vida” já se mostrou na prática meio sem sentido, não são raros os casos de depressão, infarto e até morte prematura de recém aposentados.

Sair da rotina de 30/40 anos de trabalho diário para a vida de aposentado sem ter muito o que fazer, e com poucos recursos pode ser bem estressante, ainda mais com o aumento da expectativa de vida, ficar outros 30/40 anos de chinelinho no sofá da sala não é uma boa alternativa.

*Esse post estava entre minhas anotações e foi escrito há uns 3 anos atrás, antes da crise financeira: o dólar estava na casa dos R$ 2, os imóveis valiam 30/40% mais do que valem hoje, o emprego era pleno e os governos não parcelavam salários. 

Cada vez mais, mudar os hábitos de consumo, adaptar-se a nova realidade se tornou questão de sobrevivência. Quanto menos dependermos do governo melhor. Não adianta ficar reclamando de crise. Um ciclo de aperto como esse, pode servir de grande aprendizado para viver com menos e economizar e investir para um futuro mais tranquilo.

A boa noticia é que, como todo o ciclo econômico, essa crise parece estar chegando ao fim. já são percebidos pequenos sinais de aquecimento da economia. A recuperação é lenta, mas parece que o pior já está passando.

  • No próximo post vamos começar a tratar dos investimentos…

Ótima semana!