Diversos tipos de proteção para momentos difíceis são conhecidas e adquiridas pelo grande público. Porém muitas pessoas ainda se perguntam o que é seguro prestamista e quais são os seus benefícios.

Trata-se de uma garantia de que uma compra a prazo seja quitada, mesmo com a morte ou a perda de emprego involuntária do segurado.

Saber o que é e para que serve um seguro prestamista pode evitar a falta de pagamento de uma dívida em qualquer imprevisto.

Essa é uma alternativa interessante para quem não dispõe de muito patrimônio, pois não há a possibilidade de a casa que mora ou o único carro da família serem usados para o pagamento da dívida.

A partir de agora, saiba mais sobre o seguro prestamista e sua proteção para qualquer imprevisto.

O que é seguro prestamista e como funciona?

Como já mencionado na introdução, esse seguro é uma proteção garante o pagamento de uma dívida quando o segurado tem perda de renda de qualquer espécie ou quando ocorre a morte ou impossibilidade de trabalhar.

O montante a ser pago depende do que foi acordado na celebração do contrato.

O seguro cobre uma infinidade de situações e tem o intuito de proteger o segurado e sua família. A cobertura pode ser parcial ou total.

O seguro cobre operações de crédito, arrendamento mercantil e financiamentos de qualquer tipo e é uma garantia para ambas as partes: os credores receberão a quantia e os cedentes terão sua dívida paga.

Também pode ser utilizado para cobrir dívidas de empréstimos junto a bancos, bem como consignados. Além disso, é uma opção para quitar dívidas com cheque especial e cartão de crédito, que têm as maiores taxas de juros e, por conta disso, as mais difíceis de serem quitadas.

Uma inadimplência com juros altos é sinônimo de problemas na vida de uma família.

O seguro prestamista também cobre parcelas de consórcios em aberto.

Mesmo com vantagens para ambos os lados, este tipo de seguro tem como primeiro beneficiário a empresa credora.

Essa modalidade de proteção de crédito existe desde os anos 1970, mas ganhou força apenas duas décadas depois. Nos anos 2000, houve um impulso nessas negociações devido à entrada de pessoas de menor poder aquisitivo no mercado de consumo e principalmente nas compras parceladas.

Para se ter uma ideia de sua força, em apenas 7 anos – entre 2003 e 2010 –, as movimentações envolvendo seguro prestamista saltaram de pouco mais de R$ 200 milhões para cerca de R$ 3,5 bilhões. Isso significa uma alta de 1300%.

Esse número certamente é ainda maior hoje em dia e segue em franco crescimento, ano a ano.

Financiamentos de imóveis podem ser cobertos por um seguro prestamista.

Geralmente, as seguradoras não vendem seu produto diretamente ao consumidor final. Elas fazem parcerias com bancos e outras instituições e são eles que ficam encarregados de oferecer o serviço no momento de uma transação.

Nem sempre o total da compra que pode estar segurado. Dependendo do contrato, podem ser apenas algumas parcelas, correspondentes a um período mais crítico, impossibilitando a quitação na data correta.

Funciona como se fosse um seguro de automóveis, ou seja, a apólice cobre certo valor. Por exemplo, se você compra um apartamento por R$ 200 mil e a cobertura estabelecida em seu contrato tem esse mesmo valor, a quitação é total em caso de alguma dificuldade.

Se o valor contratado for menor, o imóvel é quitado parcialmente, o que já é de grande ajuda em momentos difíceis. O montante pode, inclusive, ultrapassar o valor total do imóvel.

Pegando como exemplo o mesmo apartamento: se a cobertura for de R$ 250 mil, haverá uma diferença de R$ 50 mil. Após a quitação de tudo o que estiver em aberto, esse valor será pago ao beneficiário da apólice, determinado no momento da contratação do seguro prestamista pelo contratante.

Em caso de morte do cedente, é uma forma de deixar uma dor de cabeça a menos para a família, que já tem diversos assuntos a resolver e passa por um momento tão difícil. O seguro prestamista também é uma maneira de reduzir o problema da inadimplência nas compras parceladas e nos financiamentos.

Uma observação importante é que o seguro não faz cobertura em algumas ocasiões, como desemprego voluntário (pedidos de demissão ou programas de dispensa oferecidos por empresas). Também não cobre morte por doenças que já existiam antes da assinatura do contrato e por licença temporária de atividades profissionais.

Este seguro é obrigatório?

Normalmente, quando ainda não se sabe o que é seguro prestamista, é comum pensar que se trate de uma daquelas vendas casadas que sempre são oferecidas no momento de uma negociação. Porém, em alguns casos, essa é uma transação obrigatória, até mesmo para a segurança das partes envolvidas.

É importante saber em quais ocasiões o seguro não é exigido, pois, se isso for oferecido como condição indispensável para que o negócio seja fechado, pode-se ter uma venda casada.

Financiamentos de cartão de crédito de qualquer natureza, bem como empréstimos pessoais, não obrigam a contratação de seguro prestamista. Já para dívidas de maior valor e que levam mais tempo para serem pagas, como financiamento de veículos e imóveis, pode haver obrigatoriedade do seguro, se assim for a vontade da instituição financeira.

Essa condição de obrigatoriedade deve estar explícita no contrato. Logo, é preciso uma atenção especial quanto a esse detlhe na formalização da venda. Fique atento, porém, às condições dessa obrigatoriedade: se forem oferecidos juros mais baixos no financiamento do empréstimo como condição para adquirir o seguro, esse é um tipo de venda casada.

Essa prática é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Outro tópico que deve ser observado é a contratação do seguro prestamista sem a permissão do segurado ou com seu desconhecimento. Para não haver problemas, certifique-se com o credor se há a cobertura dessa modalidade de proteção, seja ela qual for. E leia o contrato atentamente antes de assiná-lo.

Quais são os benefícios do seguro prestamista? Vale a pena fazê-lo?

É importante avaliar cada situação para saber se realmente a contratação do seguro vale a pena.

Mesmo tendo o credor como beneficiário na maioria das vezes, contar com um seguro prestamista pode ser uma alternativa interessante, principalmente para famílias que não têm uma estabilidade financeira. A cobertura faz com que haja segurança no momento de adquirir um bem de valor maior e que planejamentos sejam cumpridos à risca.

E não é só isso. Quem paga consórcios tem também no seguro um modo de cumprir com suas dívidas e resgatar o seu prêmio no momento certo. Assim como você pode continuar pagando seu financiamento, pode-se fazer o mesmo com essa modalidade.

A segurança de não ser inadimplente também possibilita fazer outros investimentos quando passar o momento difícil, já que o nome do segurado não será incluído em cadastros e serviços de proteção ao crédito.

Assim, podem-se fazer planos com muito mais facilidade, certeza e segurança.

Levando em conta apenas esses aspectos, o seguro prestamista torna-se um ótimo recurso para instabilidades e cenários negativos, como crises econômicas.

O problema se torna maior se o segurado vier a falecer. Se ele não deixar bens, a dívida deixa de existir, pois ela não é herdada. Caso contrário, deve-se esperar o inventário e usar parte ou toda essa herança para pagamento do débito.

Esse processo demora um pouco para ser concluído e a dívida não pode esperar. Por isso, ao contratar um seguro prestamista, a família consegue quitar a dívida sem aguardar a conclusão do inventário. Para esses casos, a contratação vale muito a pena.

A exceção se dá em financiamentos, que já contam com seguro de vida obrigatório incluído. Logo, se o titular vier a falecer, a dívida também se extinguirá.

Em alguns casos, porém, essa não pode ser a melhor saída para se livrar desse problema.

Se a sua família conta com certa estabilidade financeira e não é tão abalada por qualquer momento ruim da economia, por exemplo, é mais interessante adquirir outro tipo de seguro. Afinal, um bem como um imóvel ou um carro precisam ter uma garantia em caso de problemas.

Essa verba pode ser usada até mesmo para poupar e, no futuro, quitar antecipadamente o débito.

Como você pôde observar, cada caso é um caso. Em algumas situações, o seguro prestamista ajuda bastante e é uma saída inteligente. Em outras, é possível considerar diferentes soluções.

Esse tipo de proteção não é tão popular quanto outras modalidades, mas pode ser uma excelente solução para uma adversidade. Para ter acesso a mais dicas, leia os artigos do nosso blog e conheça outras maneiras de garantir direitos e resolver problemas.

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